Vivi uma situação bastante inusitada no último vôo.
Sentei no corredor. Ao meu lado estava uma mulher jovem, bem vestida, bonita, comunicativa e que me contou que era advogada. Ao seu lado, na janela estava um rapaz jovem, bonito também advogado.
Eles eram conhecidos e haviam estudado direito juntos. Muito simpáticos e comunicativos conversamos animadamente com o avião ainda no solo. Me contaram que estavam em Belo Horizonte para fazer uma prova para magistratura.
Quando o avião iniciou os procedimentos para decolar me perguntaram se eu tinha medo de voar.
Respondi que não.
Os dois começaram a falar que tinham muito medo.
Percebi o quanto mudaram. Ficaram calados, corpos rígidos, face tensa.
Ofereci a minha mão a moça e ela não pensou duas vezes e segurou na minha mão.
As mãos dela estavam geladas!
Um pouco depois da decolagem ela soltou a minha mão, me agradeceu e voltou a conversar animadamente.
O rapaz, porém ainda se mostrava tenso. Conversa mas não estava natural como antes.
Quando o piloto então anunciou que estávamos iniciando os procedimentos de descida para o pouso em Vitória, ambos mudaram a expressão e o rapaz disse não estar se sentindo bem.
Ofereci novamente a minha mão a ela e a ele. Ela segurou a minha mão na hora.
Ele em seguida fez o mesmo. Mas passados alguns minutos soltou. Creio que por vergonha.
Percebendo isso eu brinquei: pode me deixar segurar na mão de um cara bonitão que não acho ruim não! Rimos e ele me deu a mão.Segurou forte.
O avião fez o pouso e eu segurando a mão dos dois.
Quando o avião parou ganhei beijo dos dois.E ambos me agradeceram pelo gesto.
Achei interessante pois as mulheres falam de seus medos com mais facilidade que os homens.
E além disso, os homens tem muito mais dificuldade para pedir ajuda.Achei bacana a coragem dele.
12 comentários:
Luz, sabe que é verdade? Talvez por uma educação de "homem não chora" é que tenhamos essa grande barreira. Já está sendo vencida por causa da emancipação da mulher. Só que parece estar piorando. Hoje conheço algumas mulheres alegres e sorridentes que tiveram enfarte em função das novas obrigações que a vida lhes prepara. Como normalmente são chamadas de sexo frágil (embora sejam as fortes) nesta competição perdem um pouco da feminilidade e naturalidade feminina (que parece ser uma fraqueza) por causa da demonstração de firmeza e liderança. É pena porque correm o risco de também ficarem com as estruturas enfraquecidas. Elas que são os pilares dos homens. Enfim...
Carinhoso beijo. Manoel.
Luz, você me fez lembrar os vários semblantes e expressões orais e fisicas de pânico, que presenciei durante os seis anos que trabalhei em companhia aérea.:O
Aconteceu-me uma vez a situação inversa. Uma jovem bonitona pediu para agarrar minha mão quando estavamos a aterrar em Lisboa, porque tinha medo e se tinha esuqecido de tomar o habitual calmante. Gostaria de lhe ter voltado a pegar na mão, mas nunca mais aconteceu.
PS: Muito obrigado pelasua presença na festa do Rochedo. Toda a gente ficou contagiada com sua alegria e ternura. Espero que se tenah divertid. Obrigado e, para o próximo ano, vá prepoarando uns enfeites especiais, porque as comemorações serão no hemisfério sul!
Manoel
Verdade! E concordo que é uma pena mesmo!
Assino embaixo do seu post.
Beijo
Lucia
Dulce
Não sabia que vc já trabalhou numa cia áerea. Então vc sabe quem do que eu contei....(sorriso)
Beijinhos
Carlos
Gostou de segurar a mão da bonitona né? Tá certo!!!
Eu é que agradeço a festança!!!Me diverti muitoooooooo.
Obrigada pelo carinho de sempre.
E já estou cheia de idéias para os enfeites aqui no hemisfério sul.
Beijinhos
Agora me lembrei do Belchior:
"Foi com medo de avião
Que eu segurei
Pela primeira vez
Na tua mão". hehehe
Luz
Que privilégio eles tiveram de ter você ao lado deles, para segurar-lhes as mãos e confortá-los num momento como este,de medo e tensão.
Eles devem estar pensando em você como um anjo da guarda.
Beijinhos
Pitanguinha
Na hora nós também lembramos. hehehheeh
Beijinhos cheios de calor!!!
Lisa
O rapaz comentou isso que vc falou, porém com outras palavras.
Ah minha amiga se a gente não puder ajudar a vida fica sem sentido,não?
beijinhos
eh eh eh eh... não resisto Luz... e não me chame de diabinho... mas o cara era muito vivo... ele sim, um diabinho refinado. ;)
Rsss, morro de medo também... na minha ultima viagem segurei firme a mãozinha do meu Dudu e da minha Márcia, resolver não resolveu , mas ajudou muito, rsss
beijos
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